sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Madrugada

Gosto das horas mortas da madrugada, quando o tempo parece suspenso. / Não é noite, não é dia / Não é frio, não é calor /Metade luz, metade escuridão. /Palidez que realça as cores. / Dormem as razões, as emoções despertam. / Horas mortas em que a vida pulsa com força em meus ouvidos/ Surdos aos apelos da alma que voa livre do tempo e no espaço eterno da solidão cósmica. / Gosto das horas em que o sol dorme e as estrelas mostram quão imenso é o universo/ quando o ser se confunde com o sentir e os pensamentos estão soltos e sem repressão. / Gosto das horas em que se é permitido ser sem explicar/ Sentir sem demonstrar/ querer sem registrar/ A madrugada é pra mim um tempo suspenso. / Horas que a alma se solta e o corpo repousa em completa inércia. / Gosto dessas horas em que todos dormem/ e eu me sinto livre e protegida na escuridão/ como em um útero de calor e conforto...

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