sábado, 21 de janeiro de 2017

Caminhando pela Serra

Cidade de Catas Altas vista do alto da serra



Meu pai curtindo o passeio


O trem parece de brinquedo!






Meninas exaustas


A Cachoeira da Santa
 




quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

DIZ QUE DIZ

Saber ninguém sabe
Mas todo mundo acha que pode
Falar e desfalar
Até do pobre do bode
Do vizinho do chafariz.
É um tal diz-que-me-diz
Muito tempo desperdiçado
Nessa tal conversa fiada.
Fiada vem de fio?
Fio de linha fiada na roca?
Do tempo da Bela Adormecida?
O que a pobre da foca
Fez de mal pra merecer
Seu nome numa fofoca?
Palavras são peças vivas
Muito melhor que falar dos outros
Criar redes de intrigas
É contar histórias antigas
Daquelas que o vovô contava
O que nunca deixa a palavra vazia

É  brincar de fazer poesia!

NÃO

Não posso aceitar tudo que ouço.
Não posso ver tudo que preciso.
Não posso entender tudo que vejo.
Não posso decifrar tudo que escuto.
Não posso aprender tudo que quero.
Não posso querer tudo que tenho.
Não posso fazer tudo que sonho.
Não posso sonhar tudo que conheço.
Não posso conhecer tudo que devo.
São tantos nãos...
Tantas opções...
Não posso saber antes de escolher
Aonde cada caminho vai me levar
Não posso desistir e voltar atrás
Se por algum motivo me enganar.
Terei novas opções...
Outros nãos...
Não posso desistir sem tentar
Não posso me entregar sem chorar
Não posso vencer sem lutar.
Não posso aceitar
Que me digam NÃO

Sem a minha permissão.

MADRUGADA

Outra vez é madrugada
Outra vez o silêncio
A casa dorme
As paredes respiram em harmonia.
Nada de rancor ou mágoa
Nada de solidão.
Apenas a ausência da fala.
Apenas os rumores da vida em suspensão.
Madrugada.
Intervalo bendito entre a escuridão e a aurora
Supressão do desejo e liberdade do sentimento.
Hora de acordar
Viver ser sonhar.
Plenitude

Liberdade. 

VERDADE

Verdade
Verde sentimento imaturo
Imaterial
Matéria não trabalhada
Não domesticada
Indomada.
Verdade.
Se esconde
Por trás de um fino véu

De ignorância.

40 luas