Saber ninguém sabe
Mas todo mundo acha que pode
Falar e desfalar
Até do pobre do bode
Do vizinho do chafariz.
É um tal diz-que-me-diz
Muito tempo desperdiçado
Nessa tal conversa fiada.
Fiada vem de fio?
Fio de linha fiada na roca?
Do tempo da Bela Adormecida?
O que a pobre da foca
Fez de mal pra merecer
Seu nome numa fofoca?
Palavras são peças vivas
Muito melhor que falar dos outros
Criar redes de intrigas
É contar histórias antigas
Daquelas que o vovô contava
O que nunca deixa a palavra vazia
É brincar de fazer
poesia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário