Esperança
Ouço um grito de puro desespero
Vem do fundo da minha alma cansada e sozinha
Vem das profundezas da dor e do medo
Cheio de solidão e sombras
Ouço como o rugido de um trovão
Ou o estrondo de um vulcão há muito adormecido que de
repente volta à vida
Ouço o desespero do terror e em seguida
Um silêncio tumular
Como se aquele grito há tanto reprimido
De repente fizesse soar
Em um único sopro
Toda a energia acumulada
E após esse último alento
Não sobrasse mais nada
Silêncio. Branco. Vazio.
Não mais medo, dor ou desespero.
Não mais trevas ou solidão
Apenas o silêncio.
A esperança pode então voltar
A Paz pode então se insinuar
Os olhos se abrem
E a luz então
Pode voltar a brilhar.