Um
passo de cada vez
A
semente aguarda no seio da terra a hora de brotar
O
riacho procura entre as rochas e colinas
O
caminho mais suave para escoar
É
entre os espinhos que desabrocha a delicada e sensível flor do cacto
Não
sabemos o que
Esconde-se
atrás da face inexpressiva de um desconhecido
Não
é a face que é inexpressiva
O
nosso desinteresse é que não nos deixar enxergar
A
expressão dos sentimentos de alguém que não queremos conhecer
Sejamos
como a semente que espera
Como
riacho que contorna os obstáculos
Ou
como a delicada flor que vence os espinhos
O
silêncio que encaramos como abandono
É a
nossa oportunidade de reflexão
Um
problema que parece uma montanha a bloquear nosso caminho
É a
oportunidade que temos de subir mais alto,
E
contemplar mais longe os horizontes mais amplos
Os
medos que nos cercam como espinhos
São
nossos limites que precisamos e podemos superar
Tenhamos
a fé da semente,
A
perseverança do riacho
E a
coragem de florir
Seja
na escuridão,
Entre
as pedras
Ou
em meio ao espinheiro,
Façamos
brilhar a nossa luz.